terça-feira, 2 de agosto de 2011

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   Se existisse uma justiça independente em Portugal, este seria provavelmente o título das manchetes dos média nacionais e internacionais durante semanas, mas como Portugal vive num regime mafioso – um capo regime, que apadrinha e protege os seus, com todos os meios ao seu alcance, este titulo e este desfecho esta condenado á nascença.

   Esta é a breve história, nunca contada, sobre os documentos originais que comprovam a ligação do Primeiro-ministro José Sócrates, às negociatas, às “luvas”, aos offshore, e a todos os truques que este capo usou para esconder o dinheiro que ia saqueando ao longo da sua jornada politica á época de 1999 a 2001.

   No inicio de 2009, Mário Machado, recebe informações através de amigos que com ele cumpriram cativeiro nas suas duas reclusões, que indiciam o facto de um traficante de droga, já condenado em primeira instancia a 18 anos de prisão, o Carlos Almeida, ter em sua posse e ter sido entregue á sua guarda, os documentos originais das contas offshore nas ilhas Caimão, ilhas do Homem, Gibraltar e Estado de Wyoming nos E.U.A, transacções bancárias, títulos de propriedades, e até o registo automóvel de um jaguar, todos eles comprometedores para o gang de Sócrates e para a sua família.
   Estes documentos, na posse do tio do Primeiro-ministro, o ******, são no dia da entrega ao traficante internacional acompanhados pela frase “…fomos avisados por um P.J. que iam fazer rusgas e que anda tudo a procura disto…” o traficante vem mais tarde sob alegado sequestro, confessar esse diálogo.
   Antes da operação de libertação dos documentos, Mário Machado encontrava-se num dilema – seria verdade? Seria a informação correcta? Merecia a pena sujeitar-se a vir a ser acusado de roubo e sequestro?
   E com todas estas interrogações, decidiu com os indícios que se descreveram de seguida, arriscar.

   E que indícios são esses?

    O facto de Amadeu Lima Carvalho e Rui Verde, ambos reclusos no mesmo estabelecimento prisional que Machado, o primeiro, accionista principal da universidade independente e o segundo o reitor da mesma, terem-lhe confessado que o diploma de Sócrates, assim como os de mais de 50 indivíduos terem sido comprados. Chegando mesmo, nesses diálogos, a padronizarem dizendo que quem fez os exames foi a secretária de luís Arouca, também reitor e accionista, e que por esse motivo, por Arouca ter provas desse falso diploma, veio a aguardar o julgamento em liberdade sob caução que nunca veio a pagar. Afirmaram também que o conselheiro: Armando Vara fez parte desses 50 falsos licenciados.

   Além de toda essa experiência pessoal que Mário teve, as sucessivas notícias que envolviam descaradamente José Sócrates nas “luvas” e licenciamento do Freeport, como o vídeo oculto revelado, o aparecimento uma vez mais em cenas de um dos tios, usando assim como sempre a família; o caso Cova da Beira, os escabrosos projectos de engenharia; o facto da casa em nome da mãe ter sido negociada com um mafioso italiano referenciado pela Interpol e a viver no Mónaco, ditavam a personalidade do falso engenheiro.

   Mas o indício principal que leva Machado e os amigos a agirem foi o facto do traficante de droga em questão ter sido escandalosamente absolvido dos 18 anos de prisão depois do recurso para a relação, e como se não bastasse terem sido dadas ordens judiciais para serem lhe devolvidas duas habitações, 500.000€ em numerário apreendidos e á guarda da caixa geral de depósitos e várias viaturas automóveis resultantes dos lucros do tráfico de droga internacional.
   E actuou-se!
   Aqui pouparei aos leitores, os pormenores da operação, parte dela já foi julgada em tribunal e custou vários anos de prisão aos arguidos.

   Prevendo vários tipos de retaliação por parte dessa máfia do dia, Mário Machado retirou o B.I. do traficante Carlos Almeida e deu á sua mãe para guardar, dizendo!!.. “Se um dia me acontecer alguma coisa, este titular do B.I. fez parte disso e avisarás os meus amigos, e os documentos que colocarei debaixo da carpete da sua sala de jantar terão que ser entregues depois de fotocopiados á comunicação social…”           
   Imbuído no espírito revolucionário que o caracteriza, Mário Machado colocou online, no posteriormente encerrado misteriosamente, - Fórum Nacional, parte dos documentos, devidamente scanarizados e solicitou que os milhares de visitantes online os copiassem, não fosse ele alvo a qualquer instante de uma operação policial.
   E assim foi.

   Dezenas de blogues, a maioria até fora da área nacionalista, começaram a revelar a denúncia e logo de seguida seguiu-se a comunicação social através dos jornais e tvs.
   Uma semana depois Mário e os seus amigos são detidos e levados para a prisão.
   Na busca domiciliária da unidade especial contra terrorismo da P.J. á casa da mãe de Machado, apreende-se o B.I do traficante absolvido, não se, imaginando, como é compreensível, que os documentos estavam espalhados debaixo da carpete, onde permaneceram até Agosto de 2010. Não levaram os documentos mas furtaram uns óculos de sol numa revista da mãe, e da busca á casa de outro arguido – o Cláudio Cerejeira, furtaram igualmente um Blackberry.

   Durante todo o julgamento que decorreu durante 2010, os documentos vieram sempre á discussão, mas como não tinha existido qualquer interesse ao contacto por parte do ministério publico, ou qualquer órgão policial de investigação criminal a Machado para que ele fosse ouvido sobre o processo Freeport ou sobre os documentos, a solicitarem nem que fosse a sua entrega, Mário manteve-os guardados e finalmente percebeu que não existia só um Lopes da Mota, mas vários e que a sua ingenuidade o levou a pensar erradamente que merecia a pena arriscar a vida e liberdade para retirar do poder a máfia.

   Deveria ter percebido a mais tempo o nosso camarada que a frase de Jorge Coelho era para ser levada a serio – “quem se mete com o PS leva!”
   Porém, pouco antes da sentença, a esperança e a confiança na justiça renascem, quando um dos juízes do colectivo no tribunal de Loures refere que Machado a ter esses documentos os deveria entregar e que não temia o PS, porque segundo o meritíssimo! Isso de quem se mete com o PS leva é subjectivo. Pois depende da orientação sexual de cada um! Frase esta que até mereceu destaque na imprensa.
   Já durante o julgamento o mesmo juiz extraiu uma certidão das declarações de Rui Dias, um dos arguidos, para que se iniciasse um processo de averiguações sobre a veracidade de toda a informação que este carrega para o processo, sobre o caso Freeport.

   Esta incisão e imparcialidade deste juiz, fez renascer de novo a esperança e a fé nos tribunais e nesse mesmo dia, Machado pede a palavra e afirma que vai dar ordem para os documentos serem entregues ao seu advogado e este os transportar para a sessão seguinte, sendo que aqui foi aconselhado pelos juízes para que os documentos fossem antes entregues na procuradoria-geral da república.
   Assim, em Agosto de 2010, o Dr. José Castro entrega os documentos originais ao procurador-geral da república, não sem antes os fotocopiar e mostrar á comunicação social presente.

   Logo de seguida, Mário Machado sofre mais uma vez represálias e desta vez já não era só a liberdade que lhe tiravam, mas era a tentativa de eliminar a própria vida em definitivo.
   Após 17 meses no estabelecimento prisional (anexo á policia judiciaria – EPPJ, Machado é transferido para a considerada pelos próprios reclusos como “ a pior prisão do país”, onde o aguardavam 300 africanos e mais de 150 violadores e pedófilos.
   Convém relembrar que o director geral dos serviços prisionais, Rui Sá Gomes é um militante de base do P.S. á mais de 30 anos, alem da grande parte da cúpula da D.G.S.P.

   Mário passa a ser alvo de ameaças e injúrias diárias, é escoltado sempre por vários guardas que profissionalmente vão protelando o seu homicídio.
   Ainda assim e por duas vezes, a primeira na deslocação á enfermaria e a segunda após a visita de sua mulher é alvo de tentativa de linchamento quando se juntam várias dezenas de africanos para o matar, tendo os próprios guardas e contra o regulamento, que transportar o nacionalista por elevador, porque era impossível acompanha-lo de outra forma á sua cela.

   A par de tudo isto a directora desse EP, Isabel Flores chamava o Mário e dizia esta inergumidade: !!! vamos colocá-lo á experiencia sozinho na ALA…”…” os meus reclusos são todos pessoas civilizadas e não vai haver problema.”

   Com a iminente transferência do sector de admissão para a ALA, a mulher de Mário, o seu advogado e amigos, começam a enviar faxes comprometendo o director dos serviços prisionais, Rui Sá Gomes, explicando-lhe detalhadamente e pormenorizadamente o que se estava a passar, para que ele no futuro não se pudesse, como é habitual nas politicas, alhear de responsabilidades e dizer que não tenha conhecimento. Ao mesmo tempo seguiram faxes para um departamento dirigido por um magistrado independente de influencias politicas os serviços de auditoria e inspecção da D.G.S.P  a denunciar a situação. Estes últimos fizeram mesmo uma visita ao EP e concluíram que seria impossível a inclusão do nacionalista nas alas da prisão.

   Ao mesmo tempo são contactados os jornais que fazem destaque de toda essa situação e só assim o director geral é obrigado a transferir Mário Machado novamente.
   Todo este calvário durou 20 dias!
   Em 7 de Março de 2011, a tvi no noticiário das 20h, refere que o processo da denúncia foi entregue a um magistrado que é amigo pessoal do primeiro-ministro e que fez parte do primeiro governo de Sócrates.

   Como é que isto é possível?

   O descaramento e sentimento de impunidade desta gente permite-lhes tudo. É a máfia do PS para a justiça uma vez mais ao seu melhor nível.
   Como se não bastasse a tvi revela que os processos tem que ser distribuídos aleatoriamente como dizem as regras já pré estabelecidas e que este processo foi entregue pessoalmente pelo procurador-geral da república – Pinto Monteiro, ou como já alguém o apelidou – o arquivador geral do reino, ao magistrado em questão.
   O desfecho está assim decidido á partida, como é óbvio não podemos acreditar nesta justiça que tem todos estes truques e todos estes compadrios.
   Existem juízes e procuradores justos, livres e independentes, mas cada vez mais, temo que sejam uma minoria com tendência a desaparecer, porque sempre que na medida do possível insurgem – se contra a maquinação da justiça acabam por sacrificar a sua carreira.

   Retomando o primeiro parágrafo deste texto, como era bom que vivêssemos num país livre e justo, com uma justiça independente do poder político e que levasse estas pessoas a julgamento e á prisão.
Mas como já vimos no passado e confirmamos no presente, o título deste texto ficara apenas nos sonhos de quem arriscou a própria vida e de todos os nacionalistas que um dia ingenuamente pensaram que iam derrubar o governo!


                                                                                     Por: Roberto Mateus.            

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